É imprescindível ao acadêmico da área da saúde ,em especial
aos médicos, que haja durante sua formação acadêmica um treinamento e
desenvolvimento da aptidão em como acolher o paciente. Cabe ao médico
desenvolver o dom de bom ouvinte, bem como de falar com clareza e atenção. Há
diversas maneiras de exercitar tal conduta seja na prática do dia-a-dia, seja
através de artifícios lúdicos e imagéticos, tais como dispor das artes cênicas.
Dessa forma, o futuro médico pode transferir o que aprender no âmbito artístico
para a realidade. Isso é o que vem ocorrendo cada vez mais entre as
instituições acadêmicas, a introdução das artes no currículo médico, através
das artes plásticas, cênicas e músicas. Além de ser uma maneira de trabalhar a
imanização dos profissionais não se tornando robôs e instrumentos da indústria
da saúde.
No artigo publicado na revista VEJA ,Edição 2132- 30 de
setembro de 2009, Doentes imaginários, O
treinamento médico mediante a simulação de situações que podem ocorrer em
centros cirúrgicos, salas de emergência e leitos de terapia intensiva surgiu
nos Estados Unidos nos anos 90. O objetivo era aprimorar habilidades técnicas,
adestrar os profissionais para a tomada rápida de decisões e afinar o trabalho
em equipe. De uma década para cá, no entanto, as simulações incorporaram cenas
que visam a suprir uma das maiores carências entre os médicos: a dificuldade de
comunicação. As dramatizações servem para que aprendam a transmitir notícias
difíceis e também adquiram a capacidade de conquistar a confiança dos doentes e
de criar empatia com eles. Os médicos, por exemplo, são ensinados a não desviar
os olhos do paciente enquanto falam com ele (existe algo mais irritante do que
médico que faz perorações enquanto olha para a tela do computador?). "A
partir do século XIX, com o avanço nos conhecimentos científicos e o aumento do
tecnicismo, recursos básicos como escutar, observar e confortar o doente foram
se perdendo", diz Roberto Padilha, diretor do Instituto de Ensino e
Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Acredita-se que um médico que
preserve tais cuidados, além de muito mais agradável, pode ser mais certeiro em
seus diagnósticos.
Alunas: Débora Martins Brito e Fernanda de Oliveira Torres
4 período Medicina- UNIBH
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