segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Doentes imaginários Faculdades de medicina e hospitais recorrem às artes cênicas para melhorar a qualidade da relação médico-paciente

É imprescindível ao acadêmico da área da saúde ,em especial aos médicos, que haja durante sua formação acadêmica um treinamento e desenvolvimento da aptidão em como acolher o paciente. Cabe ao médico desenvolver o dom de bom ouvinte, bem como de falar com clareza e atenção. Há diversas maneiras de exercitar tal conduta seja na prática do dia-a-dia, seja através de artifícios lúdicos e imagéticos, tais como dispor das artes cênicas. Dessa forma, o futuro médico pode transferir o que aprender no âmbito artístico para a realidade. Isso é o que vem ocorrendo cada vez mais entre as instituições acadêmicas, a introdução das artes no currículo médico, através das artes plásticas, cênicas e músicas. Além de ser uma maneira de trabalhar a imanização dos profissionais não se tornando robôs e instrumentos da indústria da saúde.

No artigo publicado na revista VEJA ,Edição 2132- 30 de setembro de 2009, Doentes imaginários, O treinamento médico mediante a simulação de situações que podem ocorrer em centros cirúrgicos, salas de emergência e leitos de terapia intensiva surgiu nos Estados Unidos nos anos 90. O objetivo era aprimorar habilidades técnicas, adestrar os profissionais para a tomada rápida de decisões e afinar o trabalho em equipe. De uma década para cá, no entanto, as simulações incorporaram cenas que visam a suprir uma das maiores carências entre os médicos: a dificuldade de comunicação. As dramatizações servem para que aprendam a transmitir notícias difíceis e também adquiram a capacidade de conquistar a confiança dos doentes e de criar empatia com eles. Os médicos, por exemplo, são ensinados a não desviar os olhos do paciente enquanto falam com ele (existe algo mais irritante do que médico que faz perorações enquanto olha para a tela do computador?). "A partir do século XIX, com o avanço nos conhecimentos científicos e o aumento do tecnicismo, recursos básicos como escutar, observar e confortar o doente foram se perdendo", diz Roberto Padilha, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Acredita-se que um médico que preserve tais cuidados, além de muito mais agradável, pode ser mais certeiro em seus diagnósticos.


Alunas: Débora Martins Brito e Fernanda de Oliveira Torres
4 período Medicina- UNIBH

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